Esta é uma das últimas publicações em que tive que trabalhar. É um documento explicativo que, embora feito para um contexto, com certeza poderia ser útil para outros países nessa complicada tarefa de explicar o cadastro em uma versão que as pessoas -sobre- na loja.
O documento é composto por 16 páginas bem trabalhadas com um caricaturista do contexto que faz uma interessante mistura de Illustrator, com caneta convencional e Adobe Photoshop para finalmente transmitir uma mensagem que apesar das voltas e reviravoltas manteve a intenção inicial. Devo admitir que o artista é fantástico, considerando o que significa pedir mudanças em uma obra como esta e entender o roteiro, que foi exatamente o que eu trabalhei, embora tenha ficado com algumas divergências que são compensadas pela satisfação de finalmente tê-lo publicado.
O fio condutor é a conversa de responsáveis por um conselho de curadores que procuram o prefeito e começam perguntando como são utilizados os impostos arrecadados. O autarca tem o prazer de esclarecer como a cobrança do IPTU é uma atribuição municipal que acrescenta a intenção do território de ser autónomo não só nas decisões mas também de menor dependência do governo central. Em seguida, explica algo sobre o procedimento dentro do município e como todos os cidadãos são obrigados a contribuir e participar nos espaços de consulta, bem como a importância de que o que entra seja devolvido nas obras.
O segundo capítulo explica resumidamente como funciona o cadastro. Por se tratar de um documento curto com foco no cadastro fiscal, os aspectos mais básicos relativos à mensuração são gaguejados e enfoca com maior ênfase a avaliação urbana e rural, com um exemplo de como funciona o cálculo do imposto. Claro, de acordo com o contexto do país onde fui responsável por desenvolver este exercício onde a lei atual (uma nova está a caminho) permite o acordo de valores cadastrais com a população nos anos que terminam em zero e cinco.
A última seção examina alguns aspectos úteis que um cadastro multiuso também produz nas políticas de uso da terra e na segurança jurídica. É claro que o documento tem um contexto, um país e um projeto onde a prioridade de aplicação é fiscal; Claro, se fosse legal ou socioeconômico, a ordem dos dois primeiros capítulos teria sido diferente.
A experiência tem sido interessante, pois na preparação de outros documentos é fácil justificar páginas e páginas de conteúdo técnico. Também é fácil justificar que assim é, face às críticas de quem diz não entender e acho que a geomática tem aquela arte de usar palavras que elevam o nosso ego; nada ruim porque mais cedo ou mais tarde você terá que dar espaço para se gabar :). Mas neste caso, quando a intenção é comunicar, a crítica do leitor não especializado diz o que ele fala, entende-se, não se entende, muito confuso, muito extenso, que técnico tem cara de malandro, igualdade de gênero, cor da camisa, parece Danilo Lemuz…. em suma, toda uma experiência de aprendizagem.
Posto o documento aqui, pois além dos poucos exemplares que já saíram na mídia impressa, esses instrumentos devem estar à disposição da comunidade que deles necessita, como parte de uma tendência irreversível de democratização do conhecimento. Muitas vezes você tem que trabalhar em apresentações e algumas imagens ilustrativas são necessárias ... pelo que acredito que esta publicação significará uma contribuição importante.
Os seguros em outros países podem achar você mais útil.
Histórico de revisão do dia
O documento tem os créditos na segunda folha do pdf, se é isso que você quer dizer.
O artigo que promove o assunto, o autor de Geofumadas.
Quem escreveu o acima?